quinta-feira, 22 de agosto de 2013


A Bahia que bom te rever
Andei com saudade de você
Senti falta da sua alegria
Da sua magia
Do seu carnaval
Cadê o trio elétrico?
Me leva pra lá
Quero ver Armandinho, Dodô e Osmar
Que bom estar aqui de novo
Sentir a alegria do seu povo
Poder te abraçar por um só momento
E cantar a canção que eu fiz
Como forma de agradecimento
Salvador, meu amor
Toda história que eu conto você está
Todo álbum meu tem foto sua
Lembro dos nossos beijos em plena rua
Tomara que passe logo o ano inteiro
Chegue logo fevereiro
Pra gente se reencontrar.

Saulo Fernandes

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Poema à Bahia

Bahia que encanta




Bahia terra da alegria
Do carnaval e do axé
Terra de gente bonita, de praias e avenidas.
Terra dos mistérios, dos encantos e do amor.
Jardim de Alá, local de encontro que Deus abençoou.

Bahia terra de todos os santos
Do abara e do acarajé
As baianas Cira e Dinha já sabem como o povo quer
Pimenta, vatapá, salada e camarão
Ninguém resiste a tamanha tentação

Bahia bela e bendita
Das águas sagrada do Dique do Tororó
Do por do sol da Barra, da praia de Plakaford.
Do Pelourinho, centro histórico de Salvador.
Nas suas ruas de pedras muita gente chorou
Tristeza e alegria a beleza imperou
Patrimônio da humanidade, o mundo já consagrou.
Museus, igrejas e catedrais.
Ninguém esquece... jamais

Bahia terra da pluralidade
Onde se funde o plural e o singular
Todas as raças se unem numa festa popular
Carnaval, Lavagem do Bonfim, Festa da Conceição e Yemanjá.
Se o trio elétrico não veio
A roda de samba pode esquentar

Bahia, terra dos orixás.
Do sincretismo religioso
De Xangô a Jeová
Nesta terra mística todos podem acreditar


Bahia terra dos poetas
Dorival Caymi, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Ídolos do nosso Brasil,

Bahia terra que encanta
Terra do sonho e da paz
Quem chega aqui nesta terra
Não quer sair nunca mais

Tânia Balthazar

sábado, 17 de agosto de 2013

Azeite de dendê

Vamos saber um pouco sobre o azeite de dendê, esse azeite presente em grande parte da culinária baiana, com um sabor peculiar e que da aos pratos baianos uma cor, um odor e um sabor muito atraentes.



DENDÊ



O dendezeiro (Elaeais guineensis Jaquim) é uma palmeira originária da costa oriental da África (Golfo da Guiné), sendo encontrada em povoamentos subespontâneos desde o Senegal até Angola. .
O óleo originário desta palmeira, o azeite de dendê, consumido há mais de 5.000 anos, foi introduzido no continente americano a partir do século XV, coincidindo com o início do tráfico de escravos entre a África e o Brasil.
No contexto atual o azeite de dendê é o óleo mais produzido e consumido no mundo, representado 27% de 140 milhões de toneladas de óleos e gorduras produzidas em 2005 e 27% do consumo mundial de 138,4 milhões de toneladas de óleos e gorduras em 2005.
Segundo um historiador português, o óleo de dendê tem o cheiro das violetas, o sabor do azeite de oliva e tinge os alimentos com a cor do açafrão, sendo entretanto mais atrativo.
A região Sudeste da Bahia possui uma diversidade edafo-climática excepcional para o cultivo do dendezeiro, com uma disponibilidade de área da ordem de 752.625 hectares que, aliada a existência no país de uma demanda insatisfeita da ordem de 500.000 toneladas de óleo de dendê; de importações que se situam entre 100 a 150 mil toneladas, além do aspecto ambiental ecológico possibilitando a recomposição de espaço florestal em processo adiantado de degradação, por “florestas de cultivo”, capazes de contribuir com o seqüestro de 29,3t de carbono/há/ano na fase adulta; econômico social, proporcionando aumento da renda regional e criação de novos empregos, além de funcionar como fator de sustentação da própria cacauicultura e finalmente estratégico, buscando através da agricultura integrada, o caminho do desenvolvimento harmonizando os recursos da terra com os valores humanos.


















O POEMA DA BAHIA QUE NÃO FOI ESCRITO


Um dia – faz muito tempo, muito tempo –
achei que era imperativo fazer um poema sobre a Bahia,
mãe de nós todos, amante crespa de nós todos.
Mas eu nunca tinha visto, sentido, pisado, dormido, amado a Bahia.
Ela era para mim um desenho no atlas,
onde nomes brincavam de me chamar:
Boninal,
Gentio do Ouro,
Palmas do Monte Alto,
Quijingue,
Xiquexique,
Andorinha.
– Vem... me diziam os nomes, ora doces.
– Vem! ora enérgicos ordenavam
Não fui.
Deixei fugir a minha mocidade,
deixei passar o espírito de viagem
sem o qual é vão percorrer as sete partidas do mundo.
Ou por outra, comecei a viajar por dentro, à minha maneira.

Ainda carece fazer poema sobre a Bahia?
Não.

A Bahia ficou sendo para mim
poema natural
respirável
bebível
comível
sem necessidade de fonemas.


© CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
In Amar se aprende amando, 1985

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Culinária Baiana



culinária da Bahia mais conhecida (embora não a mais consumida) é aquela produzida no Recôncavo e em todo o litoral da Bahia — praticamente composta de pratos de origem africana, diferenciados pelo tempero mais forte à base de azeite de dendê, leite de coco, gengibre, pimenta, de várias qualidades e muitos outros que não são utilizados nos demais estados do Brasil. Essa culinária, porém, não chega a representar 30% do que seus habitantes consomem diariamente. As iguarias dessa vertente africana da culinária estão reservadas, pela tradição e hábitos locais, às sextas-feiras e às comemorações de datas institucionais, religiosas ou familiares. No dia a dia, o baiano alimenta-se dos pratos herdados da vertente portuguesa, englobados no que se costuma chamar de "culinária sertaneja". São receitas que não levam o dendê e demais ingredientes típicos de origem africana, como ensopados, guisados e várias iguarias encontradas também nos outros estados, embora com toques evidentemente regionais (a utilização mais ou menos acentuada de determinados temperos numa dada receita, por exemplo). A predominância, no imaginário do brasileiro e nos meios de comunicação, da culinária "afro-baiana", deve-se muito ao fato de Salvador, a capital da Bahia, situar-se no litoral do Recôncavo, o que confere maior poder de divulgação para o saboroso legado africano da culinária regional.