terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Receita para compor a mesa no natal baiano





FIOS DE OVOS


RECEITA

  • 2 ovos inteiros
  • 2 gemas
  • 3 xícaras de açúcar
  • 1 xícara e 1/2 de água
  • 1 colher de vinagre
  • 1 colher de essência de baunilha

MODO DE PREPARO

  1. Bata levemente as gemas e passe por uma peneira fina
  2. Reserve
  3. Em uma panela larga coloque o açúcar e a água, leve ao fogo ate formar uma calda rala
  4. Acrescente essência de baunilha e vinagre
  5. Coloque as misturas dos ovos em um funil especial fio de ovos ou numa bisnaga em movimento circulares na calda que deve estar fervendo em fogo mínimo
  6. Cozinhe os fios por 1 minuto, e vá retirando com um garfo e transferindo para uma peneira grande
  7. Borrife com pouco de água fria para interromper o cozimento
  8. Se a calda engrossar muito vá acrescentando água fria

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Efó

   
Veja como fazer mais essa deliciosa receita baiana.

Ingredientes da Receita de Efó

4 xícaras de "folhas de língua de vaca" aferventadas
2 xícaras de camarões defumados descascados
1 xícara de castanha de caju e amendoim
2 cebolas grandes em tiras
3 dentes de alho
1 xícara de água
1 xícara pequena de azeite de dendê
1 xícara de leite de coco
Sal, pimenta e gengibre a gosto

Como Fazer Efó

Modo de Preparo:
Pique as folhas em tamanhos regulares.
Bata no liquidificador a água, castanha, o amendoim, a cebola e o alho. Leve ao fogo junto com as folhas.
Deixe cozinhar, acrescente o azeite de dendê, a pimenta e o gengibre.
Cozinhe mexendo, por meia hora, ou até secar.
Junte o leite de coco, mexendo até engrossar.
Salgue a gosto

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Bolinho de estudante




Na Bahia, é muito comum na saída da escola encontrar uma baiana vestida caracteristicamente, com seu tabuleiro vendendo muitas iguarias e entre elas os deliciosos bolinhos de estudante!


Ingredientes da Receita de Bolinho de Estudante

½ kg de tapioca de caroço
2 cocos grandes
1 colher de chá de sal
1 xícara de açúcar
4 copos de água morna
óleo para fritura
1 xícara de açúcar (para cobertura)
1 colher de sopa de canela em pó

Como Fazer Bolinho de Estudante


Modo de Preparo:
Descasque o coco e bata no liquidificador com a água morna, até que fique bem moído.
Coloque o coco batido numa tigela, tempere com açúcar e sal a gosto.
Acrescente a tapioca de caroço e deixe crescer até que fique macia e consistente.
Passe manteiga na mão e enrole em formato semelhante ao de um quibe.
Passe os bolinhos na tapioca seca e frite numa panela funda com óleo bem quente, até que fiquem dourados.
Escorra em papel absorvente, passe no açúcar com canela e sirva quente.

domingo, 24 de novembro de 2013

Caruru



Essa delícia, feita com quiabo, camarão defumado, amendoim, castanha de cajú entre outras iguarias é
uma maravilha, veja receita:


INGREDIENTES

  • 100 g de cebola processada
  • 1,2 kg de quiabo
  • 375 g de leite de coco
  • 75 ml de azeite de dendê
  • 60 g de castanha de caju (sem sal) processada
  • 40 g de amendoim processado
  • 60 g de camarão seco defumado processado
  • 5 g de gengibre
  • 150 ml de caldo de peixe ou legumes fervente
  • Pipocas salgadas para acompanhar a gosto
  • Sal a gosto

MODO DE PREPARO

Coloque a castanha, o amendoim e os camarões secos no processador, triture até virar pó. Lave os quiabos. Corte a tampa e a ponta do cabo e descarte. Corte os quiabos em rodelinhas ou em pequenos pedaços (não lave os quiabos depois de cortados para não soltar baba). Em uma panela, coloque um pouco de azeite de oliva e a cebola picadinha, para dourar, e refogue os quiabos. Cozinhe o quiabo com os temperos e adicione um pouco de água. Aos poucos, coloque o pó feito com a castanha, o amendoim e o camarão. Adicione também o caldo de peixe. Acrescente o azeite de dendê ao final do cozimento, retire do fogo e sirva, acompanhado das pipocas salgadas. 

Dica da chef: o pó processado de camarões secos pode ser guardado, bem fechado, por vários dias. 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mungunzá doce



Quem já provou dessa delícia? Se não provou, está na hora de experimentar

.Ingredientes

250 grs de mungunzá ou milho amarelo
água
1/2 litro de leite
1/2 vidro de leite de coco Ducoco
1 xícara (chá) de açúcar
cravo da índia a gosto
1 canela em pau

Modo de preparo

Deixe o milho de molho na água e reserve na geladeira de um dia para outro. No dia seguinte escorra e lave bem. Em uma panela de pressão, coloque o milho lavado e cubra com água. Cozinhe por aproximadamente 30 minutos. Desligue o fogo, e abra a panela com cuidado e verifique se o milho já está macio. Em seguida, acrescente, o leite de coco, o açúcar e o leite. Misture bem. Acrescente o cravo da índia e a canela. E deixe em fogo baixo, mexendo de vez em quando até o caldo engrossar. Sirva quente ou gelado

sábado, 2 de novembro de 2013

Acarajé


INGREDIENTES

  • 500 g de feijão fradinho cru
  • 500 g de cebola
  • Sal a gosto
  • 1 cebola pequena com casca
  • 500 ml de óleo
  • 500 ml de azeite de dendê
  • 2 xícaras de chá de vatapá
  • 150 g de camarão seco

MODO DE PREPARO

  1. Coloque os feijões inteiros num processador de alimentos e bata por alguns segundos para quebrar os grãos
  2. Cuidado para não esmigalhar
  3. Coloque os feijões num recipiente e cubra com água
  4. Deixe de molho por no mínimo 12 horas
  5. Agite os feijões com uma colher e com uma peneirinha vá retirando todas as cascas que se desprendem dos feijões
  6. Depois de retirar bastante as cascas, lave os feijões sob a água corrente e continue retirando ?o olhinho? e o restante das cascas
  7. Retire o máximo possível
  8. Reserve
  9. Descasque as cebolas
  10. Corte em pedaços
  11. Reserve
  12. Num processador, coloque os feijões e as cebolas
  13. Bata por 3 minutos, ou até obter uma pasta lisa e uniforme
  14. Retire toda a pasta do processador e coloque dentro de uma panela grande e funda
  15. Com uma colher de pau, bata a massa do acarajé até que a massa triplique de volume
  16. Esse processo é bastante demorado mas é importantíssimo para a fermentação
  17. Coloque o óleo, o azeite de dendê, e a cebola com casca numa panela média e leve ao fogo alto para esquentar
  18. Com duas colheres de sopa, modele os acarajés encha uma das colheres com a massa, passe de uma colher para a outra até que a massa fique com formato de bolinho
  19. Coloque os bolinhos no óleo bem quente e frite por 3 minutos de um lado
  20. Com uma escumadeira, vire os bolinhos e deixe fritar até que fiquem dourados
  21. Regule a temperatura do óleo
  22. Se for necessário, abaixe a chama do fogo para que o óleo não queime
  23. Retire os bolinhos com uma escumadeira e coloque sobre papel absorvente
  24. Corte os bolinhos ao meio e recheie com vatapá
  25. Coloque o camarão seco dentro do acarajé e feche
  26. Sirva a seguir

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Lelê




Lelê é uma receita baiana, feita com milho quebradinho, as crianças adoram e os adultos também, muito simples mas muito saborosa.

Ingredientes

. 300 g de quirera de milho
. Água
. 4 cravos-da-índia
. 1 pedaço de canela em pau
. 1 colher (chá) de sal
. 3/4 de xícara (chá) de açúcar
. 2 xícaras (chá) de leite de coco
. 1 pacote de coco ralado (100 g)

Modo de preparo

1. Deixe a quirera de molho em água fria por 1 hora. Escorra e ponha em uma panela.

2. Adicione 2 xícaras (chá) de água fria e acrescente os cravos, a canela e o sal.
3. Cozinhe até a quirera ficar macia.
4. Adicione o açúcar, o leite de coco e 3/4 do coco ralado.

5. Continue o cozimento, agora sem parar de mexer, até que a mistura solte do fundo da panela.

6. Despeje em uma tigela e polvilhe o coco ralado restante.
7. Sirva imediatamente ou espere ficar na temperatura ambiente.

sábado, 12 de outubro de 2013

Ximxim de galinha

Xinxim de galinha

uma receita maravilhosa e diferente co frango pra o final de semana

Você precisa de:

  •         
            
              
    Coxa e sobrecoxa de frango, 2.5 kg Amendoim torrado e moído, ½ xícara de chá Castanha de caju torrada e moída, ½ xícara de chá Azeite de dendê, ½ xícara de chá Suco de limão, 1 unidade Gengibre, 1 colher de sopa Pimenta dedo-de-moça, 2 unidades Camarão seco moído, 150 g Cebola grande picada, 1 unidade Alho picado, 3 dentes Leite de coco, 1 ½ xícaras de chá Sal e pimenta moída, q/n Coentro picado a gosto para finalizar       

Passos

1
Tempere o frango com sal, pimenta e suco de limão. Reserve.
2
Aqueça o dendê, refogue a cebola, a pimenta e o alho, junte os pedaços de frangos e doure-os bem. Deglaceie a panela com 1 xícara de água e junte os outros ingredientes: gengibre, castanha, amendoim, leite de coco e camarão seco.
3
Cozinhe em panela semitampada por cerca de 25 minutos e acerte o sal. Finalize com o coentro picado e sirva em seguida.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Sarapatel



Huuumm! Essa comidinha baiana é bastante calórica, é forte mas é uma delícia, vale a pena experimentar.

ingredientes:

3 kg de miúdos de porco muito frescos (incluindo o sangue coagulado)
6 limões
3 pimentões
1 molho grande de hortelã
½ molho de cebolinha verde
½ molho de coentro
3 cebolas grandes
4 tomates
150 g de toucinho defumado
6 pimentas-de-cheiro
5 dentes de alho
10 folhas de louro
Sal a gosto
1 colher de sopa de pimenta do reino moída com cominho


Modo de Preparo:
Lave os miúdos com muito limão.
Pique as cebolas no liquidificador, junto com os dentes de alho, os tomates, a cebolinha, o coentro e a hortelã.
Misture os miúdos com os temperos batidos, junte o louro, a pimenta, cominho e as pimentas-de-cheiro inteiras.
Pique uma cebola bem miudinha e junte ao toucinho derretido numa panela, deixando dourar.
Coloque os miúdos temperados no refogado de cebola e mexa bem. 
Junte toda a água de uma vez, cobrindo o sarapatel e ultrapassando em três dedos.
Deixe cozinhar por algumas horas e sirva, acompanhado de farinha e arroz.

domingo, 22 de setembro de 2013

Cuscus de tapioca




Essa é pra comer rezando.

ingredientes:
  • 3 xícaras (chá) de tapioca em grãos (encontrada nos supermercados)
  • 1/2 kg de açúcar (ou a seu gosto)
  • 2 vidros de leite de coco
  • 1 pacote de coco ralado (se preferir use 1 coco fresco ralado, fica bem melhor)
  • 1 litro de leite fervido, mas já morno, quase frio
  • Leite condensado (para usar como cobertura, se quiser)

MODO DE PREPARO

  1. Em uma vasilha ou pirex, despeje a tapioca e reserve
  2. Misture o leite de coco, o coco ralado e o açúcar ao leite fervido, já morno
  3. Adicione essa mistura à tapioca no pirex, mexa, cubra com um pano (ou tampa) e deixe descansar, mexendo de vez em quando
  4. Se a mistura ficar muito dura, acrescente mais um pouco de leite
  5. Se ficar muito mole, acrescente mais algumas colheres de tapioca
  6. O ideal é que deixe um pouco mole, pois após colocar na geladeira, endurece mais um pouco
  7. O cuzcuz deve ficar com a consistência de um arroz doce bem cremoso
  8. Sirva gelado, regado com leite condensado

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A pimenta da culinária baiana





Sabe o medinho que dá de provar qualquer comida baiana e morrer na pimenta? Pois é, essa dica vai para você, um turista na Boa Terra como eu: o Restaurante-escola do Senac. Por lá, é possível provar 40 pratos regionais, todos (ufa!) com pimenta à parte, feitos e servidos pelos alunos da instituição. Mas não se engane com o título de aprendiz: é justamente por estar lotado de estudantes, da cozinha ao salão, que o restaurante é tão especial. Parece que a meta é sempre preparar e servir pratos nota 10.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013


A Bahia que bom te rever
Andei com saudade de você
Senti falta da sua alegria
Da sua magia
Do seu carnaval
Cadê o trio elétrico?
Me leva pra lá
Quero ver Armandinho, Dodô e Osmar
Que bom estar aqui de novo
Sentir a alegria do seu povo
Poder te abraçar por um só momento
E cantar a canção que eu fiz
Como forma de agradecimento
Salvador, meu amor
Toda história que eu conto você está
Todo álbum meu tem foto sua
Lembro dos nossos beijos em plena rua
Tomara que passe logo o ano inteiro
Chegue logo fevereiro
Pra gente se reencontrar.

Saulo Fernandes

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Poema à Bahia

Bahia que encanta




Bahia terra da alegria
Do carnaval e do axé
Terra de gente bonita, de praias e avenidas.
Terra dos mistérios, dos encantos e do amor.
Jardim de Alá, local de encontro que Deus abençoou.

Bahia terra de todos os santos
Do abara e do acarajé
As baianas Cira e Dinha já sabem como o povo quer
Pimenta, vatapá, salada e camarão
Ninguém resiste a tamanha tentação

Bahia bela e bendita
Das águas sagrada do Dique do Tororó
Do por do sol da Barra, da praia de Plakaford.
Do Pelourinho, centro histórico de Salvador.
Nas suas ruas de pedras muita gente chorou
Tristeza e alegria a beleza imperou
Patrimônio da humanidade, o mundo já consagrou.
Museus, igrejas e catedrais.
Ninguém esquece... jamais

Bahia terra da pluralidade
Onde se funde o plural e o singular
Todas as raças se unem numa festa popular
Carnaval, Lavagem do Bonfim, Festa da Conceição e Yemanjá.
Se o trio elétrico não veio
A roda de samba pode esquentar

Bahia, terra dos orixás.
Do sincretismo religioso
De Xangô a Jeová
Nesta terra mística todos podem acreditar


Bahia terra dos poetas
Dorival Caymi, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Ídolos do nosso Brasil,

Bahia terra que encanta
Terra do sonho e da paz
Quem chega aqui nesta terra
Não quer sair nunca mais

Tânia Balthazar

sábado, 17 de agosto de 2013

Azeite de dendê

Vamos saber um pouco sobre o azeite de dendê, esse azeite presente em grande parte da culinária baiana, com um sabor peculiar e que da aos pratos baianos uma cor, um odor e um sabor muito atraentes.



DENDÊ



O dendezeiro (Elaeais guineensis Jaquim) é uma palmeira originária da costa oriental da África (Golfo da Guiné), sendo encontrada em povoamentos subespontâneos desde o Senegal até Angola. .
O óleo originário desta palmeira, o azeite de dendê, consumido há mais de 5.000 anos, foi introduzido no continente americano a partir do século XV, coincidindo com o início do tráfico de escravos entre a África e o Brasil.
No contexto atual o azeite de dendê é o óleo mais produzido e consumido no mundo, representado 27% de 140 milhões de toneladas de óleos e gorduras produzidas em 2005 e 27% do consumo mundial de 138,4 milhões de toneladas de óleos e gorduras em 2005.
Segundo um historiador português, o óleo de dendê tem o cheiro das violetas, o sabor do azeite de oliva e tinge os alimentos com a cor do açafrão, sendo entretanto mais atrativo.
A região Sudeste da Bahia possui uma diversidade edafo-climática excepcional para o cultivo do dendezeiro, com uma disponibilidade de área da ordem de 752.625 hectares que, aliada a existência no país de uma demanda insatisfeita da ordem de 500.000 toneladas de óleo de dendê; de importações que se situam entre 100 a 150 mil toneladas, além do aspecto ambiental ecológico possibilitando a recomposição de espaço florestal em processo adiantado de degradação, por “florestas de cultivo”, capazes de contribuir com o seqüestro de 29,3t de carbono/há/ano na fase adulta; econômico social, proporcionando aumento da renda regional e criação de novos empregos, além de funcionar como fator de sustentação da própria cacauicultura e finalmente estratégico, buscando através da agricultura integrada, o caminho do desenvolvimento harmonizando os recursos da terra com os valores humanos.


















O POEMA DA BAHIA QUE NÃO FOI ESCRITO


Um dia – faz muito tempo, muito tempo –
achei que era imperativo fazer um poema sobre a Bahia,
mãe de nós todos, amante crespa de nós todos.
Mas eu nunca tinha visto, sentido, pisado, dormido, amado a Bahia.
Ela era para mim um desenho no atlas,
onde nomes brincavam de me chamar:
Boninal,
Gentio do Ouro,
Palmas do Monte Alto,
Quijingue,
Xiquexique,
Andorinha.
– Vem... me diziam os nomes, ora doces.
– Vem! ora enérgicos ordenavam
Não fui.
Deixei fugir a minha mocidade,
deixei passar o espírito de viagem
sem o qual é vão percorrer as sete partidas do mundo.
Ou por outra, comecei a viajar por dentro, à minha maneira.

Ainda carece fazer poema sobre a Bahia?
Não.

A Bahia ficou sendo para mim
poema natural
respirável
bebível
comível
sem necessidade de fonemas.


© CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
In Amar se aprende amando, 1985

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Culinária Baiana



culinária da Bahia mais conhecida (embora não a mais consumida) é aquela produzida no Recôncavo e em todo o litoral da Bahia — praticamente composta de pratos de origem africana, diferenciados pelo tempero mais forte à base de azeite de dendê, leite de coco, gengibre, pimenta, de várias qualidades e muitos outros que não são utilizados nos demais estados do Brasil. Essa culinária, porém, não chega a representar 30% do que seus habitantes consomem diariamente. As iguarias dessa vertente africana da culinária estão reservadas, pela tradição e hábitos locais, às sextas-feiras e às comemorações de datas institucionais, religiosas ou familiares. No dia a dia, o baiano alimenta-se dos pratos herdados da vertente portuguesa, englobados no que se costuma chamar de "culinária sertaneja". São receitas que não levam o dendê e demais ingredientes típicos de origem africana, como ensopados, guisados e várias iguarias encontradas também nos outros estados, embora com toques evidentemente regionais (a utilização mais ou menos acentuada de determinados temperos numa dada receita, por exemplo). A predominância, no imaginário do brasileiro e nos meios de comunicação, da culinária "afro-baiana", deve-se muito ao fato de Salvador, a capital da Bahia, situar-se no litoral do Recôncavo, o que confere maior poder de divulgação para o saboroso legado africano da culinária regional.